segunda-feira, 9 de março de 2009

Presente!




Fernanda, lourinha, doce como o mel,
colhido nas flores entreabertas,
das manhãs recém-chegadas,
Fernanda, lourinha, suave como o orvalho,
aprisionado na grama verde,
das noites que não se foram.
Fernanda, que encontrei tão tarde,
para mim, para você, para a vida.
Fernanda, em cada olhar teu tens, ainda,
a pureza de menina, que não perdestes,
cada vez que sonhastes, cada vez que chorastes.
sentindo, na alma, as tristezas do teu olhar.
Pobre de nós que tarde nos conhecemos,
é tarde para o amor, não é tarde para o querer,
a ti entrego, neste papel claro,
envolto, em presente, minha ternura, e, nela,
a cada instante desse teu olhar,
iremos sempre nos querer bem.
Fernanda lourinha
doce como o mel, suave como o orvalho,
entreaberta flor, olhos de grama úmida,
das manhãs recém-chegadas,
das noites que não se foram.


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