segunda-feira, 13 de abril de 2009





Parece que só uma certa conjugação entre noite, música e luz se torna inspiradora para a escrita dos meus rascunhos. Praticamente às escuras, vou escrevendo na primeira folha que encontro e com a caneta mais à mão.
A música é a do costume, mas hoje oscilo entre ela e o silêncio. No silêncio posso ouvir o que quero, ou por vezes o que não quero: aqueles pensamentos soltos e meio perdidos que ainda não encontraram o seu lugar. Talvez porque tenha andado a viver às prestações: umas suaves, outras mais bruscas, mas a verdade é que não tenho pressa, ou terei?
Não, aquelas frases feitas não me convencem.
Certezas só tenho as de que estou a viver a maior parte do tempo no mundo dos meus sonhos, não me perguntem se é bom ou mau, mas há coisas que só posso viver neste lugar. Os meus sonhos são uma esperança enquanto aguardo dias melhores.
E enquanto divago pelas fantasias fora vejo uma daquelas mensagens que tanto me fazem sorrir, mas que só recebo de vez em quando, não nego que sabe bem, mas acabam por complementar muito do que vivo na terra dos sonhos. Sim, tenho que aprender a separar estes dois mundos em que vivo, por vezes tão contraditórios, mas quando escolhi viver neste meu pequeno espaço já sabia que tinha de ser assim. Não me importo com o que me chamem, eu sei que vejo as coisas de maneira diferente das outras pessoas, mas é esse olhar realista e tantas vezes complexo que me dá mais vontade de viver no meu planeta e ao mesmo tempo me impede de concretizar todos os projetos imaginários, mas nunca impossíveis.
Continuo a escrever, no entanto fico à espera de mais, tenho este defeito: quero sempre mais.