segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Coolhunter!



Essa semana resolvi escrever sobre o novo profissional que vêm surgindo na área da moda, e um dos motivos por eu estar estudando na Europa, o cool hunter. O termo é uma junção de duas palavras em inglês: cool que significa legal (o que estará na moda, tendências) e hunter que significa caçador. O caçador de tendências é aquele que identifica, através de pesquisas sociológicas, possíveis futuros padrões de comportamento no que se diz respeito a produtos e consumo.
Para isso o profissional dessa área precisa estar bastante atento a tudo que acontece no mundo. Ele precisa saber identificar tipos de comportamentos que estão começando a acontecer no presente e que possivelmente ganharão uma força maior num futuro próximo. Ler muito, assistir aos noticiários, ser curioso e intuitivo são os requisitos básicos para quem quer se tornar um cool hunter.
A origem do cool e das tendências que certamente serão usadas nas ruas pela grande massa surgem dentro do universo dos jovens. Eles se tornam os lançadores, e muitas vezes, os ditadores de moda. Não só as modas de vestuário, como também, as modas eletrônicas, musicais, artísticas, etc.
Na prática, o cool hunter se infiltrará (como um espião trabalhando para o serviço secreto) num determinado público-alvo. A partir daí ele irá registrar quais os gostos desses jovens, em que lugares eles costumam andar, quais seus desejos, quais suas necessidades entre outras coisas. Após criar o perfil psicológico desse determinado grupo, o caçador de tendências saberá se o produto que uma determinada empresa está disposta a lançar irá atingir o público estudado. Ele também poderá informar às empresas como atingir o seu público-alvo, qual a melhor forma de despertar o desejo do grupo e qual a melhor forma de atingi-lo.
O mercado para essa nova área profissional está em formação no Brasil, pois até pouco tempo as empresas recorriam às agências de publicidade e marketing para essa função. Ainda não existem cursos de formação para este novo perfil profissional no país, já na Europa a realidade é diferente, por lá podemos encontrar agências e cursos especializados para formar os caçadores de tendências. Porém quem se interessou e pretende seguir essa carreira, os futuros caçadores devem estar cientes que a profissão exige muito estudo, esforço e comprometimento.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Memórias de uma gueixa



Incrível...Memorias de uma gueixa não é um filme, é um obra de arte! A cada vez que vejo descubto uma nuance diferente, um som antes não percebido. Tradições envoltas em denso nevoeiro de valores que o ocidente não consegue entender.
O filme retrata a vida de Sayuri, que em criança, devido ás vicissitudes da vida e mais uma vez consoante as tradições que desconhecemos, é vendida juntamente com a irmã, para renovar a classe de acompanhantes existentes na grande cidade de Osaka.

Assim começam as crónicas de Sayuri e começamos a pensar que se trata de mais um filme em que as acções tomadas por povos que desconhecemos são vistas por olhos de ocidentais, sem conhecimento prático da historia e peso da mesma, e postas em questão ou julgadas de acordo com os cânones ocidentais. Pois enganem-se meus caros, Rob Marshall consegue aqui numa magnifica palete de pasteis e em pequenos golpes de génio, captar a essência de um povo, e em especial de uma classe que ainda hoje para nós, continua um mistério e ao mesmo tempo fascinante.

Rob Marshall consegue descobrir locais de uma beleza incólume, que durante o decorrer da acção se vão tornando ainda mais bonitas ou se a história para esse lado pender negras, feias e assustadoras.

As seis indicações ao Oscar recebidas são mais do que merecidas. A trilha sonora e a fotografia são impecáveis. Cada frame do filme são como verdadeiras pinturas criadas meticulosamente mostrando toda a beleza de cenários orientais e com muito cuidado aos detalhes. John Williams abriu mão de ser o compositor de Harry Potter e o Cálice de Fogo para poder trabalhar em Memórias de uma Gueixa. A excelente trilha é complementada pelo espetacular violoncelo Yo Yo Ma.O sucesso do filme, e talvez também o do livro, reside na curiosidade do mundo ocidental em relação à cultura milenar oriental. Feudalismo marcial, dominado pelo código samurai e por Shoguns, relações sociais e costumes de épocas imemoriais não são compreendidos por nossa cultura tão recente e pulverizada.

domingo, 2 de agosto de 2009

No Te Va Gustar edição 2!



No te Va Gustar...
A mi me gusta muchooo!!!!
Mais uma visita marcante da banda Uruguaya aqui em Porto.
Tive mais uma vez, a oportunidade de participar dos bastidores no camarim da banda e comprovar o talento, simpatia e humildade dessa galera, que fizeram de suas vidas simplesmente...Música! Afff!!! Bem antes de começar o show o pessoal tava lá, fazendo de um pequeno camarim, um grande palco. Cada qual, improvisando como dava!
Showzaço regado desta vez a viño Rosé uruguayo...e eu aproveitei!!! Jajjajaj!!!
Fica aqui mais uma homenagem minha a esta gurizada(e que gurizada, uns 10)! Uma de tantas musicas desta banda maravilhosa que está na estrada a tanto tempo e é tão talentosa. Pena que o reconhecimento é pequeno aqui no Rio Grande do Sul, mesmo eles sendo de tão pertinho!



No Hay Dolor

mañana va a ser un gran día te lo digo yo
nos vamos a mirar las caras entre todos
el norte no va a estar arriba, va a ser todo sur
ya no van a sangrar las manos de esos pocos
ya no hay dolor
ya no duele y no va a doler
si todo lo que te lastima el tiempo lo hace durar
hasta que seas consciente que no te hace daño
si yo no se lo digo a nadie, pero me di cuenta
que pudo ser peor, que no fue para tanto
y vos preguntarás por qué esperamos tanto
solo para tomar impulso
y llegar más alto

p.s.: só eu mesma pra colocar chifrinho no cara...


terça-feira, 21 de julho de 2009

Dia do Amigo!



" Se não tens amigos para te corrigir os defeitos, paga um inimigo para te prestar este benefício."

Homenagem aos meus queridos amigos. Aos novos, aos velhos, as irmãs...
Amo vocês!!!

Feliz dia do amigo!!!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ausência presente...



Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

(Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mais irritante que serial killer de velhinha abandonada...



Confesso. Admito. É necessário que eu seja franca. E honesta. Agora vou falar, porque estou em um momento de irritação: eu odeio gente! É sério. E feio, eu sei. Mas tem momentos que não agüento ninguém por perto. E não são poucos. Pessoas me incomodam, me atrapalham, me atrasam, me desviam... Não todas, claro... Falo de uma categoria de pessoas em especial: a dos chatos.
Parece praga ou notícia ruim. Gente chata se espalha a uma velocidade espantosa. Tem gente chata por todos os lados. Até já identifiquei alguns tipos mais frequentes. Descobri, a base de muito estudo e contemplação, que a categoria de chatos que mais me irrita é a dos falsos moralistas e hipocritas. Elas acham que enganam. Ninguém merece conviver com alguém assim!E os invejosos?? Afff... Há pessoas que se colocam como cães de guarda, sempre alertas ao menor ruído. Basta alguém se destacar em alguma área, por mais ínfima que seja e lá estará o invejoso, pronto para apontar o dedo e tentar minimizar o feito de seu próximo. Uma roupa diferente, um calçado da moda ou mesmo um brico ou pulseira bem colocados, já torna-se motivo para elogios, nem sempre sinceros.
Tem outra categoria de chatos que eu não consigo digerir direito. É a dos tagarelas. São aquelas pessoas que ainda não aprenderam que conversar é uma ação formada por duas atitudes distintas: falar e escutar. Os tagarelas falam, falam, falam, falam. Se repetem, dizem as mesmas coisas. E só te dão brecha pra dizer arran, sim, isso mesmo, é verdade! Chatos. Os tagarelas são muito chatos.

A lista não acabou.
E o que dizer daqueles que querem ser compreendidos a todo custo, e não movem uma palha pra compreender? Ou que querem ser amados, mas não querem amar? Que querem receber carinho, mas não querem dar nada? Elas ainda não compreenderam a lógica cristã do ‘é dando que se recebe! São chatos!
Calma. Tem mais. Ainda vou criar no orkut uma comunidade chamada ‘odeio gente experiente’. São aquelas pessoas que perguntam a sua idade e deusulivre ser menor que a delas. É o argumento certo que elas precisavam pra dizer que você não entende nada da vida, que é imatura, que com o tempo você vai aprender!

Mas fazer o que?! Proclamar a morte aos chatos? Que barbárie! Dizimaríamos a população. Nós mesmos estaríamos com os dias contados! O jeito é exercitarmos duas virtudes primordiais: paciência e perdão. Como diriam os mestres, ser sábio no meio do mato é fácil. Na convivência com os demais seres humanos que colocamos à prova nossa capacidade de discernimento, compreensão e amor. Pronto. Já falei. Agora não estou mais irritada. Vida longa aos chatos, que nos ajudam a nos tornarmos melhores todos os dias!

E assim falou a tia Rita Lee..." Você com esse seu carisma de maçaneta de porta e sorriso arreganhado para o mundo me irrita mais do que serial killer de velhinha abandonada, pelo menos ele sabe que é babaca; Mas você nem desconfia que é uma grandissíssima , super ,hiper, mega, mala , puts tu é CHATA PACAS TÃO CHATA tão tão tão tão tão CHATA CHATA..."

quinta-feira, 21 de maio de 2009




O grupo Bajofondo se apresenta novamente em Porto Alegre com o repertório do CD Mar Dulce. A sonoridade do Bajofondo caracteriza-se basicamente por fundir elementos do tango com música eletrônica e está repleta de influências que passam por eletrônico, hip hop, rock, candombe, milonga e murga, motivo pelo qual a banda decidiu trocar seu nome, que anteriormente era Bajofondo Tango Club. 

Criado pelos compositores e produtores Gustavo Santaolalla e Juan Campodónico, atualmente Bajofondo é composta por oito músicos, sendo quatro argentinos e quatro uruguaios. O grupo é responsável pela redefinição, modernização e ampliação das fronteiras da música do Uruguai e Argentina, e é considerado o grupo representante da música contemporânea do Rio da Prata. Vale lembrar que Gustavo Santaolalla é também autor de trilhas sonoras para o cinema e ganhou dois Oscars pelos trabalhos em O Segredo de Brokeback Mountain e Babel.

segunda-feira, 13 de abril de 2009





Parece que só uma certa conjugação entre noite, música e luz se torna inspiradora para a escrita dos meus rascunhos. Praticamente às escuras, vou escrevendo na primeira folha que encontro e com a caneta mais à mão.
A música é a do costume, mas hoje oscilo entre ela e o silêncio. No silêncio posso ouvir o que quero, ou por vezes o que não quero: aqueles pensamentos soltos e meio perdidos que ainda não encontraram o seu lugar. Talvez porque tenha andado a viver às prestações: umas suaves, outras mais bruscas, mas a verdade é que não tenho pressa, ou terei?
Não, aquelas frases feitas não me convencem.
Certezas só tenho as de que estou a viver a maior parte do tempo no mundo dos meus sonhos, não me perguntem se é bom ou mau, mas há coisas que só posso viver neste lugar. Os meus sonhos são uma esperança enquanto aguardo dias melhores.
E enquanto divago pelas fantasias fora vejo uma daquelas mensagens que tanto me fazem sorrir, mas que só recebo de vez em quando, não nego que sabe bem, mas acabam por complementar muito do que vivo na terra dos sonhos. Sim, tenho que aprender a separar estes dois mundos em que vivo, por vezes tão contraditórios, mas quando escolhi viver neste meu pequeno espaço já sabia que tinha de ser assim. Não me importo com o que me chamem, eu sei que vejo as coisas de maneira diferente das outras pessoas, mas é esse olhar realista e tantas vezes complexo que me dá mais vontade de viver no meu planeta e ao mesmo tempo me impede de concretizar todos os projetos imaginários, mas nunca impossíveis.
Continuo a escrever, no entanto fico à espera de mais, tenho este defeito: quero sempre mais.

domingo, 12 de abril de 2009

segunda-feira, 9 de março de 2009

Presente!




Fernanda, lourinha, doce como o mel,
colhido nas flores entreabertas,
das manhãs recém-chegadas,
Fernanda, lourinha, suave como o orvalho,
aprisionado na grama verde,
das noites que não se foram.
Fernanda, que encontrei tão tarde,
para mim, para você, para a vida.
Fernanda, em cada olhar teu tens, ainda,
a pureza de menina, que não perdestes,
cada vez que sonhastes, cada vez que chorastes.
sentindo, na alma, as tristezas do teu olhar.
Pobre de nós que tarde nos conhecemos,
é tarde para o amor, não é tarde para o querer,
a ti entrego, neste papel claro,
envolto, em presente, minha ternura, e, nela,
a cada instante desse teu olhar,
iremos sempre nos querer bem.
Fernanda lourinha
doce como o mel, suave como o orvalho,
entreaberta flor, olhos de grama úmida,
das manhãs recém-chegadas,
das noites que não se foram.


Autor: Melhor não comentar


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Dindi...




Céu, tão grande é o céu

E bandos de nuvens que passam ligeiras

Prá onde elas vão, ah, eu não sei, não sei

E o vento que toca nas folhas

Contando as histórias que são de ninguém

Mas que são minhas e de você também

Ai, Dindí

Se soubesses o bem que eu te quero

O mundo seria,

Dindí, tudo, Dindí, lindo, Dindí

Ai, Dindí

Se um dia você for embora me leva contigo,

Dindí

Olha, Dindí, fica, Dindí

E as águas desse rio

Onde vão, eu não sei

A minha vida inteira, esperei, esperei por vo...cê, Dindí

Que é a coisa mais linda que existe

É você não existe, Dindí

...eterno Tom Jobim


Essa musica é demais, encho o coração e os olhos de emoção quando a escuto. Ontem a noite, assisti a um show maravilhoso de Pedro Aznar, que até entao, era um desconhecido para mim, o que é estranho pois conheço muito de musica latina. Vidrei na pimeira musica e não consegui descolar os olhos e os ouvidos nem por um segundo. Para minha surpresa, de repente aquele musico excelente começa a cantar "Dindi" de Tom Jobim, o que me emocionou demais.

Foi a música moderna do autor de Dindi que pôs o Brasil definitivamente no mapa-múndi da canção. Não fosse Jobim, o país talvez ainda estivesse associado aos sambas cantados por Carmen Miranda ou à batida do axé - exótica e saborosa para ouvidos europeus. É até difícil dimensionar toda a importância do cancioneiro universal de Tom Jobim diante de sua grandeza. Parece clichê, e talvez seja mesmo, mas é a pura verdade. Pelos 80 anos e por tudo o mais, palmas para Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, nosso maestro soberano. Que vive como vive sua música imortal, num tom maior alcançado somente pelos gênios.
Tom Jobim, aquariano como eu, faria 82 anos, 25 de janeiro, se não tivesse saído de cena em 8 de dezembro de 1994. Fica aqui minha homenagem ao nosso eterno Tom...